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Lixo espacial: como a economia circular pode ser a solução


Em outubro de 1957 a União Soviética colocou em órbita o Sputnik, o primeiro satélite artificial a ser lançado ao espaço. Desde então, as empresas aeroespaciais vem lançando satélites, foguetes e naves para explorar o espaço sideral. No entanto, o crescente número de veículos na órbita terrestre está se mostrando como uma grande ameaça para o meio ambiente, já que gera o que se conhece como lixo espacial.


  • O que é lixo espacial?

Configura-se como lixo espacial qualquer objeto que tenha sido lançado ao espaço e perdido sua utilidade, como fragmentos de foguetes, restos de naves, satélites inativos e até mesmo parafusos e espátulas -ou outras ferramentas deixadas por astronautas durante missões-. A Agência Espacial Europeia (ESA) acredita que aproximadamente 170 milhões de fragmentos de objetos espaciais dos mais variados tamanhos orbitam a Terra.


  • Quais são os riscos do lixo espacial?

Pedaços de satélites, foguetes e naves caem com frequência na superfície terrestre. Apesar disso, o lixo espacial representa baixo risco para a integridade física dos humanos, já que a maioria dos detritos acaba nos oceanos ou em áreas pouco povoadas. Desde que se começou a lançar veículos à órbita terrestre, apenas uma pessoa foi atingida por lixo espacial. O caso aconteceu em 1997 no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos. Um pedaço do foguete Delta II, lançado em 1996, atingiu as costas de Lottie Williams. Felizmente, a mulher não teve ferimentos. Entretanto, o lixo espacial representa uma grande ameaça para a tecnologia mundial. Os restos de objetos deixados no espaço viajam a uma alta velocidade, de aproximadamente 8 quilômetros por segundo. Nesse sentido, podem gerar grandes estragos caso colidam com veículos espaciais, especialmente, satélites artificiais ativos, que são responsáveis por práticas tecnológicas que fazem parte da rotina do ser humano, como o acesso à internet, às previsões meteorológicas, ao GPS e a diversos meios de comunicação. O lixo espacial gera risco, ainda, para o futuro da exploração do espaço sideral, uma vez que os pedaços de objetos podem se chocar contra foguetes com tripulação.


  • Como solucionar o problema?

O lixo espacial representa uma ameaça tão grande aos avanços científico e econômico que foi um dos temas discutidos na 47ª cúpula do G7, evento que reuniu os líderes das 7 nações mais industrializadas. Acredita-se que a quantidade de resíduos espaciais crescerá exponencialmente no ano de 2022. Somente a SpaceX, uma das maiores empresas aeroespaciais, planeja fazer 52 lançamentos ao espaço neste ano, quase o dobro do que realizou no ano de 2021. Nesse sentido, é preciso elaborar soluções o mais rápido possível para evitar um colapso tecnológico. Embora algumas soluções para “limpar” o lixo espacial já tenham sido propostas por intelectuais de vários países, dentre as quais se destacam foguetes com redes que capturam o lixo e equipamentos com lasers que carbonizam os detritos, nenhuma das opções se mostrou financeira e estrategicamente viável. No entanto, o Gateway Earth Development Group (GEDG) sugeriu a reciclagem dos materiais deixados em órbita. A proposta, baseada no conceito de economia circular, consiste em usar a carcaça de satélites e pedaços de foguetes para outras finalidades, como a construção de instalações espaciais, postos de abastecimento de naves e, em um futuro não tão distante, hotéis espaciais. Esta é uma solução economicamente viável que, além de facilitar a exploração do espaço sideral, minimizaria o descarte permanente de resíduos espaciais.


Fontes:

CNN Brasil. Giuliana Viggiano. Lixo espacial é armadilha que pode enclausurar homem na Terra. Disponível em:


eCycle. Lixo espacial: o que é e quais riscos pode trazer. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/lixo-espacial/ Acesso em: 31/01/2022


G1. Agência EFE. Lixo espacial pode colocar em risco as comunicações na Terra, alerta ONU. Disponível em:


Canal Tech. Daniele Cavalcante. Reciclagem futurista: como o lixo espacial pode ser recolhido e reaproveitado. Disponível em:




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