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Composta UFRJ: a proposta de um pátio de compostagem para a Cidade Universitária

Por Ana Flávia Brandão


A Cidade Universitária é formada por diferentes centros e unidades na Ilha do Fundão e recebia aproximadamente 100 mil pessoas diariamente antes da pandemia do novo coronavírus. O campus produz uma grande quantidade de resíduos provenientes das unidades, da limpeza urbana, manutenção das áreas verdes, além de resíduos perigosos dos serviços de saúde, de construção civil, eletroeletrônicos, entre outros. No entanto, não há uma integração ou política de gerenciamento dos resíduos dentro da UFRJ.


A partir desse problema, o estudante William John Hester, do curso de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolveu em seu Projeto de Graduação um programa de compostagem agroecológica chamado Composta UFRJ.


O projeto foi idealizado com base na experiência do universitário com o projeto MUDA (Mutirão de Agroecologia) da UFRJ, que realiza experimentos em sistemas agroflorestais, bioconstrução e compostagem, além de participar de eventos dentro e fora da UFRJ. Esse é um exemplo de projeto de extensão que integra as esferas de ensino, pesquisa e extensão com a participação de diferentes cursos.


O objetivo do Composta UFRJ é criar um pátio para a compostagem dos resíduos orgânicos da Cidade Universitária, provenientes do Restaurante Universitário, das podas e da manutenção das áreas verdes da Ilha, promovendo, assim, um novo uso para as áreas verdes e produzindo composto orgânico. Essa iniciativa pode ser útil tanto do ponto de vista da economia, já que a gestão de resíduos pode gerar até R$1,3 milhões em 5 anos, quanto do profissional, por meio de disciplinas, projetos de extensão, cursos de especialização e estágios.


Assim como o Hospital e o Restaurante Universitário, o pátio-escola para a compostagem servirá também para a comunidade. A aproximação entre a sociedade e a universidade é importante para uma construção coletiva do conhecimento.


O pátio-escola será “um centro de tratamento de resíduos sólidos orgânicos com capacitação técnica, formação profissional, pesquisa científica e educação ambiental comunitária através da gestão de resíduos”.


A expectativa é que no futuro o projeto possa influenciar a produção de alimentos orgânicos de produção agroecológica na UFRJ, otimizando os gastos da universidade e integrando ensino, pesquisa e extensão. Além disso, o Composta pode funcionar como exemplo para um modelo de política pública para produção de alimentos sem utilização de agrotóxicos em locais com características semelhantes à Cidade Universitária.


Você pode ler a monografia completa aqui e saber mais sobre compostagem no nosso post Um ciclo bem orgânico”.


Referência:

  • Hester, William John. COMPOSTA UFRJ: UM PROGRAMA DE COMPOSTAGEM AGROECOLÓGICA PARA A UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Rio de Janeiro: UFRJ/ESCOLA POLITÉCNICA, 2020.


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